Irlanda: a Música (4)
amei a música como o corpo de Dubhlaing ua Artigan. em Clontarf/ ele tornou-se invisível no meio da batalha e eu previ a sua morte,/ ficando mais só, com a minha música e a minha harpa,/ mágica harpa, terrível destino de a possuir e de amar os seus sons,/ pois que morreram aqueles que os escutaram. quiseram os deuses/ que assim fosse, e esta condenação me perseguirá/ para sempre - onde é a morada de Dubhlaing, o amado incessante.
A Fada de Craig Liath, Aiobhell, Francisco José Viegas (O Medo do Inverno seguido de Poemas Irlandeses; Caminho: 1994)
Presumimos um dia radicar-nos/ Para sempre entre as suas colinas azuis/ E a costa árida onde passámos a noite/ De desespero em oração e vigília, / Mas uma vez colhida a lenha que o mar trouxe,/ Construída uma lareira, e pendurado/ O nosso caldeirão como um firmamento, / Quebrou-se a ilha sob os nossos pés como uma onda./ A terra que nos sustinha parecia/ Só ter firmeza quando a abraçávamos/ In extremis. Tudo o que lá sucedeu,/Creio, foi visão.
The Disappearing Island, Seamus Heaney (de The Haw Lantern, 1987); Trad. de Rui Carvalho Homem; Da Terra à Luz - Poemas 1966-1987; Relógio D`Água Editores: 1997)
Passagem: Irish Music CentralEtiquetas: Francisco José Viegas, Ilhas, Irlanda, Música Irlandesa, Poesia, Seamus Heaney, W.B.Yeats
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