Poesia: Guia de Discussão (3)
"Mu `allaqa" de Imru ´al-Qays e "Canção de Baghdad" de Ibn al-Arabi são poemas originalmente escritos em "monorima", uma forma comum usada para a lírica escrita em árabe, persa, latim e até galês: significa apenas que a palavra no fim de cada linha tem a mesma rima. De outro modo, os versos do Rapto de Europa das Metamorfoses de Ovidio foram originalmente compostos em hexametros, um dos mais comuns modelos latinos. Um grande número de poemas é actualmente composto em verso livre, que, embora possua, por vezes, menos cadência, está contudo inequivocamente atento ao som do ritmo das palavras. Por seu lado, o texto de Francis Ponge "As árvores extinguem-se a si próprias dentro de uma esfera de nevoeiro" é um poema em prosa - onde não há rima particular, nem quebras de linha intencionais.
Procure pensar por que é que cada poema foi composto na sua forma particular ou porque é que um poema não obedeceu a qualquer forma particular. O que é que estas escolhas expressam além do texto ou juntamente com as palavras elas próprias? Quais são as virtudes e os perigos de escrever poemas numa forma particular - ou escrevê-los sem obedecer a qualquer modelo?
Etiquetas: Poesia
2 Comments:
Não é que este post diga muita coisa nova, mas é sempre bom que se reflita sobre poesia, e ainda que não se dê respostas, se faça perguntas.
gostei muito de ler, porque eu própria tenho levantado algumas questões sobre poesia no meu blog.
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