Bruegel: Paisagens (3)
De nestenrover, (Huile sur bois,1568), Pieter Bruegel, l´Ancien
Pieter Bruegel, l `Ancien pintou De nestenrover (Le dénicheur), que traduziríamos para O camponês e o pilha ninhos, um ano antes da sua morte, em 1569. Em comparação com as suas representações mais antigas, esta obra dá a impressão de que poderia ter sido pintado por um outro artista. Na verdade, a paisagem montanhosa das suas primeiras imagens, porventura, como referímos, influenciadas pela sua viajem a Itália e aos Alpes, é agora substituída pelo imenso território plano dos campos, típico, aliás, da Vlaanderen (Flandres) e da Pajottenland, a vastidão do panorama cede perante a patente aproximação a determinados elementos da natureza e a tradicional enorme multiplicidade de figuras, como por exemplo sucede em Landschap met ijsschaatsen en de vogelknip (Paysage d ´hiver avec patineurs et trappe aux oiseaux) e De volkstelling te Betlehem (Le dénombrement de Bethléem), é drásticamente reduzida, mas, em contrafundo, apresentada de uma maneira monumental. A sua concepção da paisagem, que é, como temos visto, a marca relevante da sua obra, aparece, aqui, através da forma como, nomeadamente, a luz é captada através das árvores, formal e tecnicamente inovada. Efectivamente, com De nestenrover (Le dénicheur), Bruegel contribuíu decididamente para o desenvolvimento e a importância da pintura de paisagem.
Pajottenland, província de Vlaams-Brabant, Vlaanderen, Fev/Mar.2007 (Photos by RC)
Ainda e por último, as árvores. A Pajottenland, as árvores de Pieter Bruegel, l `Ancien, 500 anos depois, e os lugares da sua sequência de trabalhos intitulada De Maanden, aqui nos meses de Fevereiro e Março, como em De sondere tag (La journée sombre): Vollezele, Gooik, Leenik, Ninove, Gaasbeck, Oetingan, Enghien, St Pieters-Lieeuw.
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