agosto 21, 2008

Os Dias da América (6)

Todos nós já vimos, ou ouvimos falar, de filmes como Deliverance, de John Boorman (simplesmente fabuloso!), Southern Comfort, de Walter Hill, ou do clássico Texas Chainsaw Massacre, e mesmo, mais recentemente, de Hills Have Eyes. Todos eles histórias passadas numa América desconhecida, todos eles filmes inquietantes, violentos, tendo como pano de fundo territórios desolados. A história tem um denominador comum: grupos de amigos ou turistas perdem-se casualmente nas florestas da América e são, inexplicavelmente, perseguidos ou massacrados por habitantes locais, estranhos, por vezes deformados física e mentalmente, ou por famílias que levam uma existência longínqua, afastada da civilização.

É sabido que na América, todos os anos, há centenas de pessoas que são dadas como desaparecidas em circunstâncias inexplicáveis, e sobre as quais se perde o rastro para sempre. Muitos, provavelmente desaparecem nas mesmas circuntancias como as em que desapareceem os protagonistas daquele filmes. Vem isto a propósito dos estados da Virginia e da West Virginia. Conta-me uma conhecida americana que riscou do mapa das suas viagens ou passeios a West Virginia. E fala de estranhos acontecimentos, de coisas arrepiantes que lá se passam e do isolamento e interioridade do território, habitado por uma certa população distante, isolada nas florestas, pobre, iletrada, abrupta, onde, muitas vezes, a descendência é assegurada no seio da própria família. E isto leva-me imediatamente aos filmes e histórias acima citados. Não, não é ficção, é mesmo realidade. E não será concerteza lisonjeira e aprazível uma aventura ou jornada em determinadas florestas da West Virginia e da Virginia. É que o carro pode simplesmente seguir a estrada errada ou avariar. E aí tudo é possível. Está nos jornais.

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